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Audiências públicas discutem a duplicação da BR-423

 Depois do exemplo bem-sucedido da BR-232, que vai do Recife a Caruaru, o estado vai duplicar e recuperar a BR-423, espinha dorsal do Agreste Meridional pernambucano. O anúncio da obra foi feito há 17 meses pelo governador Eduardo Campos, mas o projeto só começa a sair do papel em outubro e deve ficar pronto em 2016. Hoje, a Secretaria dos Transportes realiza duas audiências públicas para ouvir os moradores dos municípios beneficiados: Cachoeirinha, Lajedo, Jupi e Garanhuns. Mais de 80 quilômetros do percurso entre São Caetano e Garanhuns serão percorridos em um tempo mais curto após a conclusão dos trabalhos. Um estudo ainda mostrará essa redução. Orçada em R$ 500 milhões, a obra será bancada por recursos do estado (10% do valor total) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal.


O resultado esperado é a diminuição nos congestionamentos constantes na rodovia federal. “Dividimos a gravidade do fluxo do trânsito em cinco categorias, de A a F, sendo que A é a situação ideal, sem retenções, e F representa reduções constantes de velocidade. Hoje, a rodovia está no nível E. Com a conclusão da obra, estará na categoria A”, explicou o secretário dos Transportes, Isaltino Nascimento. Atualmente, 7.375 veículos transitam por dia na BR-423. Quando a obra for concluída, a previsão é que quase 9 mil veículos passem pelo local diariamente.  


Espera-se também que o número de acidentes diminua. Em 2011, o DNIT registrou 71 colisões com 53 feridos e oito mortos. “Com a duplicação, cada pista terá um sentido de fluxo, o que diminui o número de ocorrências. Também serão construídos canteiros centrais que dividem as pistas”, pontuou o secretário. Nos municípios de Lajedo e Jupi, serão construídas ciclovias para garantir a segurança dos ciclistas. Cachoeirinha e Garanhuns não terão o equipamento por conta das condições do relevo. (Anamaria Nascimento)